Saudade: Quem foi Waldir Amaral, que dá nome à taça do 2º turno da Série B1 do Carioca
Homenagem foi feita ao locutor esportivo responsável por criar o apelido “Galinho de Quintino” para o Zico e outros bordões que ficaram na história do futebol carioca
A Taça Waldir Amaral, o segundo turno da Série B1 do Carioca, começa a ser disputada neste sábado. Mas, afinal, você sabe quem foi o homem que dá nome à taça?
Waldir Amaral foi um grande jornalista e radialista brasileiro.
Vozes do Gol – Waldir Amaral
Entrou para a história como um dos precursores da narração esportiva mais artística, na qual os bordões desfilam constantemente. Vários deles criados por Amaral marcaram tanto que até hoje são lembrados pelos mais antigos como “indivíduo competente”, “o relógio marca” e “tem peixe na rede”.
Também criou um dos mais famosos apelidos que algum jogador de futebol teve em todos os tempos: “Galinho de Quintino”, direcionado ao eterno ídolo flamenguista Zico.
Sua trajetória foi praticamente construída no Rio de Janeiro, embora tenha iniciado a carreira na rádio Clube de Goiânia. Na cidade maravilhosa, trabalhou nas rádios Tupi, Mauá (onde teve a primeira chance na área esportiva), Continental, Mayrink Veiga, Nacional e Globo, onde permaneceu de 1961 a 1983.
Foi contemporâneo de outros nomes famosos do rádio esportivo como Jorge Curi, João Saldanha, Doalcei Camargo e Mário Vianna. Cobriu nove Copas do Mundo.
Waldir Amaral foi um locutor esportivo que ficou marcado na história do futebol carioca pelos bordões e seu jeito artístico de narrar o jogo.
Foi criação dele um dos apelidos mais famosos do futebol brasileiro: “Galinho de Quintino” para o Zico. “Galinho” por causa do físico franzino do craque do Flamengo, e “Quintino” porque foi onde ele nasceu e morava na época.
Outra coisa criada por ele, esta junta com Mário Luiz, um dos diretores da Rádio Globo na época, foi a vinheta “”Brasil-sil-sil”, que foi ao ar pela primeira vez nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 1970.
Bordões que ficaram na história
“Tem peixe na rede do…” – quando um time levava gol do adversário.
“Choveu na horta do…” – quando um time fazia gol no adversário.
“É fumaça de gol” – quando surgia uma oportunidade de gol.
“Indivíduo competente o…” – quando alguém marcava um gol.
Apesar de ter nascido e começado a carreira em Goiânia, foi o Rio de Janeiro que o deixou conhecido pelas narrações. Waldir passou pelas rádios Tupi, Mauá, Continental, Mayrink Veiga, Nacional e Globo, onde trabalhou por 22 anos, entre 1961 e 1983.
Waldir Amaral faleceu no dia 17 de outubro de 1997, 10 dias antes de completar 71 anos, vitimado por uma insuficiência coronariana.